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História

do Guzerá

O Guzerá foi o primeiro zebuíno a desembarcar no Brasil, pela iniciativa do Barão de Duas Barras, no Rio de Janeiro. Raça extremamente rústica, boa produtora de carne e leite. Originária da Índia e Paquistão, desenvolveu-se em região pré-desértica, com baixos índices pluviométricos, temperaturas variando de 5 a 50 graus e terras de baixa fertilidade. Talvez seja o bovino mais antigo, com relatos de sua presença de 3.000 a 4.000 anos A.C. Esta seleção milenar em condições adversas de clima e solo resultou em um animal de grande porte, com musculatura bem desenvolvida e produtora de leite. Ao desembarcarem no Brasil, as fêmeas se mostraram boas de leite, férteis e com excelente habilidade materna. Os machos, por sua robustez, tornaram-se, além de bons reprodutores, animais de tração, verdadeiros tratores vivos. Por mais de 50 anos, o Guzerá foi responsável pela consolidação e aprovação do zebu como gado ideal para o Brasil, tanto para corte quanto para leite. Esta raça predominou no país até os anos 30, tanto como animais puros ou para cruzamentos (caracu, nelore, etc.). A partir dos anos 20/30, as vacas Guzerá foram literalmente "caçadas", pois eram as mais indicadas para a formação do zebu nacional (Induberaba e posteriormente denominada Indubrasil). Essa prática quase levou a extinção da raça Guzerá, em todo o país. Um novo despertar para o Guzerá veio com a grande seca nordestina,

entre 1978 e 1983. Essa seca matou 45% do rebanho regional, sobrando somente animais Guzerá ou Guzeratados, e oscaprinos nativos. Nesse período ficou provado que, quando o Guzerá caía para morrer, todas as outras raças já haviam morrido. Hoje, a raça vem retomando sua trajetória, constituindo-se como uma grande opção para quem quer produzir leite e carne ao mesmo tempo, duas opções de receita indispensáveis nas propriedades. E a baixo custo!

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